quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Programação Radiofônica no Trânsito [#PROPOSTA]

Plano de Trabalho

  1. Proposta:
O grupo acompanhará as emissoras de rádio CBN, Band News e 98 FM a fim de analisar e comparar como organizam a programação quanto à dinâmica do trânsito em Belo Horizonte. A escolha das rádios se deu, primeiramente, pela audiência das três na cidade. CBN e BandNews foram escolhidas por apresentarem propostas parecidas, baseadas no jornalismo all news. Já a 98FM foi incluída no trabalho por apresentar uma linguagem diferente das duas primeiras, servindo portanto para auxiliar nas análises das diferenças entre as propostas das emissoras para a transmissão da informação.
O objetivo geral da pesquisa é compreender o horário de pico do trânsito desde como relevância para o planejamento da lista musical ate como informação sobre o trânsito e os boletins dos respectivos horários.

Além de ouvir e gravar os programas, o acompanhamento também acontecerá com a análise da história das emissoras, as estratégias utilizadas e o uso de outros meios de comunicação, como as redes sociais.
  1. Formas de acesso:
Utilizaremos artigos e/ ou livros para nos auxiliar nas pesquisas sobre o histórico e perfil das emissoras e dos programas. As demais informações serão trazidas a partir das análises diárias realizadas pelos membros do grupo, além das visitas as emissoras a fim de coletar e complementar com mais dados.
  1. Divisão de atividades:
O trabalho será feito em quinzenas. Sendo assim, durante 15 dias, o foco da análise e publicação será de apenas uma emissora, sendo a ultima publicação uma conclusão das comparações.
As publicações serão, preferencialmente, divididas para cada membro do grupo e irão conter, ao todo, uma introdução com as informações básicas e pretensões, as análises e o fechamento. Além das informações, também será relatado a experiência pessoal adquirida no decorrer do trabalho.
  1. Cronograma
1ª Postagem, 17/09/13: Análise da programação da Rádio CBN nos horários de pico do trânsito.

2ª Postagem, 22/10/13: Análise da programação da Rádio BandNews nos horários de pico do trânsito.

3ª Postagem, 19/11/13: Análise da programação da 98fm nos horários de pico do trânsito.

Folha de S. Paulo: análise comparativa entre portal e TV

Plano de Trabalho


O jornal Folha de S. Paulo foi fundado em 19 de fevereiro de 1921, como Folha da Noite e só foi adquirir o nome atual em 1960 através da fusão das "folhas" - Folha da Noite, Folha da Manhã e Folha da Tarde. Editado na cidade de São Paulo, é o segundo maior jornal de circulação do Brasil, sendo assim, um dos mais influentes. 


A estreia da TV Folha aconteceu em 2011, complementando o portal da Folha de S. Paulo na parte audiovisual. Desde então, as publicações de conteúdos em forma de minidocumentários são diárias e abrangem diversos assuntos, como cultura, economia, esporte, política, entre outros. O material produzido é publicado no site da Folha e exibido em um programa semanal na TV Cultura. 


Proposta: 

Analisar as semelhanças e particularidades da cobertura das mesmas notícias realizada pelo jornal on-line da Folha de S. Paulo e TV Folha.
Justificativa:

Buscando compreender como as diferenças entre as coberturas de um mesmo veículo para mídias distintas são realizadas, propomos analisar as mesmas notícias veiculadas na TV e jornal on-line da Folha de S. Paulo. Ambas são veiculadas pelo portal do jornal:  www.folha.uol.com.br/‎.

Como será feito:

Cada um dos integrantes será responsável por selecionar duas matérias, uma do canal/editoria mundo e outra do cotidiano, que tenham sido pautadas no portal e na TV. Serão analisadas as diferenças no enquadramento, linguagem, grau de relevência dentro do jornal, as narrativas e disposição em ambas as modalidades midiáticas.

As matérias serão escolhidas, preferencialmente, de acordo com a ocorrência dos fatos. Em cada relatório, portanto, serão abordadas notícias dos respectivos meses de postagem.

Cronograma:

1º Relatório – 17/09 - Análise e impressões das matérias publicadas entre agosto e setembro.
2º Relatório - 22/10 - Análise e impressões das matérias publicadas entre setembro e outubro.
3º Relatório - 19/11 - Impressões finais sobre as duas plataformas midiáticas escolhidas.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Plano de Trabalho - Produtoras audiovisuais

Projetos BII
Professor: Bruno Leal

Alunos: Celton Oliveira, Pedro Lucas Amim, Bárbara Prado, Milton Junior Guimarães

Proposta de Projeto
Introdução:

A proposta de trabalho que pretendemos desenvolver esse semestre consiste em, conhecer e compreender os mecanismos internos de uma empresa voltada a produção audiovisual local.

O foco do projeto será voltado a compreensão do funcionamento da organização, além de entender quem são os profissionais envolvidos nas atividades realizadas pela empresa, assim como o volume da produção e o objetivo da organização. Outro ponto que pretendemos verificar é quanto a inserção de profissionais de jornalismo nesse mercado, e qual o papel desempenhado por esse profissional dentro da empresa. Além de entender como está posicionado esse mercado na cidade. Pois Consideramos importante conhecer um pouco mais do mercado da produção audiovisual.

Metodologia:

Efetuar uma pesquisa via web acerca das produtoras audiovisuais com atuação em Belo Horizonte. Entender o perfil das organizações e sua área de atuação (se voltada mais para publicidade, cinema ,ou ações sociais, por exemplo) e selecionar uma delas para nossa pesquisa. Efetuar visitas técnicas a fim de conhecer o cotidiano e a rotina das produtoras selecionadas, assim como os profissionais envolvidos, os equipamentos utilizados, e a relação de todos esses elementos com a produção desenvolvida pela produtora, além da capacidade de produzir receita proporcionada, pelo seguimento.

Ressaltamos os seguintes itens que pensamos ser os principais pontos de nosso projeto: 

• Acompanharemos uma empresa de produção audiovisual

• Conhecer a rotina da produção de um dos trabalhos produzidos pela empresa, desde a escolha do projeto até o resultado final através de conversas e entrevistas com os produtores. Para isso, selecionaremos um vídeo produzido pela produtora escolhida. O vídeo poderá ser, por exemplo, institucional, documentário ou cobertura de eventos.

• No andamento da análise observar e apontar as estratégias de comunicação utilizadas no vídeo.

• Conversar com alguns produtores para saber um pouco sobre eles, se são formados em cinema, jornalismo, PP, etc...

O nosso planejamento de cronograma é o seguinte:

1º Post: Perfil geral da produtora escolhida.
2º Post: Visita técnica na produtora

3º Post : Conclusão

Profissão Locutor: a expressividade oral no rádio e na TV [#PROPOSTA]


por Amanda Almeida, Cristiane Duarte, Marlon Henrique e Victor Lambertucci

1) O que será feito?
Análise do papel do locutor no rádio e na TV no cenário atual, em comparação com o histórico da profissão nesses veículos.

2) Por que será feito?
Percebem-se mudanças fundamentais na participação do locutor no Rádio e na Televisão. No ambiente radiofônico a marca destes profissionais foi por muito tempo a voz grave e impostada. E a TV, que surgiu do Rádio, apropriou-se de locutores com as mesmas características. Mas, ao decorrer do tempo, vê-se uma diversificação de vozes nesses dois veículos. Programas de entretenimento e esportivos foram os primeiros a abrir espaço para a inserção de novos tons e timbres que, a princípio saíram do convencional, mas provaram atender melhor os diferentes perfis que foram surgindo. Entender essas mudanças e investigar os novos contornos que definem o papel do locutor na televisão e no rádio é o que nos instiga a propor este projeto.

3) Como será feito?
A partir de um panorama histórico da profissão do locutor, pretendemos diagnosticar o cenário atual da profissão, com foco nas mídias de rádio e TV. A ideia inicial é de que, ao longo do projeto, sejam feitas três visitas: uma à emissora de televisão (possivelmente Globo Minas), outra à de rádio (possivelmente Band News), e mais uma a um curso de formação de locutores (possivelmente Beth Seixas – escola para locutores). Os relatórios vão se basear tanto nas percepções provenientes das visitas quanto na pesquisa bibliográfica. (OBS: Aceitamos sugestões de referências da área de Comunicação, já que os artigos encontrados e aqui citados são da área de Fonoaudiologia.) Ao final, pretendemos produzir uma programa de rádio de cerca de 5 minutos, com a participação dos profissionais entrevistados durante as visitas e com nossas conclusões.

4) Cronograma

17/09 - Postagem do 1º relatório - Contextualização da profissão do locutor nos meios de comunicação e relatos das percepções dos componentes do grupo.

22/10 - Postagem do 2º relatório - Relato das visitas às emissoras de rádio e de tv, e comparação do papel do locutor nos dois veículos.

19/11 - Postagem do 3º relatório - Relato da visita ao curso de formação de locutores e registro de nossas conclusões.

5) Referências bibliográficas:
- COTES, Cláudia. O uso das pausas nos diferentes estilos de televisão. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 9, n. 2, Junho 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462007000200012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 27 Aug. 2013.

- VIOLA, Izabel Cristina; GHIRARDI, Ana Carolina de Assis Moura; FERREIRA, Léslie Piccolotto. Expressividade no rádio: a prática fonoaudiológica em questão. Rev. soc. bras. fonoaudiol., São Paulo, v. 16, n. 1, Mar. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342011000100013&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 27 Aug. 2013.


Teste de Bechdel


O nosso projeto se propõe a analisar a o Teste de Bechdel, que  surgiu como uma brincadeira, um comentário feito pela cartunista americana Alison Bechdel. Em 1985, a artista, em sua tirinha “Dykes To Watch Out For” (Lésbicas com as quais se preocupar, em tradução livre), retratou uma mulher convidando a outra para ir ao cinema. A personagem convidada, então, disse que só iria assistir a um filme se ele atendesse a três critérios:

1 – Tivesse duas personagens mulheres
2 – Essas duas personagens tivessem um diálogo entre si 
3 – O diálogo fosse sobre algo que não homens



A partir daí, esses critérios se tornaram alvo de reflexão e se transformaram em um tipo de teste da representação feminina no cinema. Com base nele, foram feitas várias análises e, inclusive, criado um site que lista, atualmente, 4255 filmes classificados de acordo com o atendimento a nenhum critério, algum específico, dois, ou todos. Tendo em mente essa repercussão, pretendemos analisar filmes, de acordo com o teste de Bechdel, que foram marcantes em nossas vidas, buscando entender nossas próprias percepções acerca deles e da representação feminina que neles é demonstrado. Também procuraremos outras opiniões, pelo contato com críticos de cinema e pessoas do nosso convívio que tenham acesso livre a filmes e costume de assisti-los, podendo oferecer uma visão genuína de quem consome os produtos da indústria cinematográfica. A partir de filmes que conhecemos e gostamos, buscaremos demonstrar como eles se encontram de acordo com o Teste e explorar essa reflexão baseada em uma bibliografia de representatividade da mulher no cinema. Por esse material, desenvolveremos a análise e incluiremos também a percepção obtida ao descobrir se o filme se adéqua ou não aos critérios de Bechdel. 

Filmes:
Romance – Comer, rezar, amar
Comédia – Minha Mãe é uma peça
Drama  – Efeito Borboleta

Metodologia:
Desenvolveremos a análise dos filmes indicados acima de acordo com o material de referência. A análise abordará se o filme passa ou não no Teste e, a partir dessa conclusão, observará como a mulher é representada no filme, abrangendo seu papel e importância na trama. Para auxiliar o desenvolvimento do projeto, tentaremos entrevistas com críticos de cinema que possam oferecer seu posicionamento acerca da validade do teste e também com consumidores de cinema, pessoas que assistem filmes regularmente e poderão então fornecer suas percepções acerca da aplicabilidade da regra.

Na postagem final, analisaremos quatro filmes, um escolhido por cada integrante do grupo, representando nossas preferências pessoais. Nessa postagem, a análise será acompanhada de nossas conclusões finais acerca do projeto, do Teste e dos filmes assistidos, encerrando nosso percurso. Esperamos abordar tudo que foi apreendido da realização do projeto, inclusive possíveis modificações no gosto pessoal e interesse por filmes específicos. Sendo assim, os filmes a serem analisados nessa última postagem serão definidos no decorrer do percurso do projeto. 

Bibliografia e outras referências:

MASCARELLO, Fernando. História do cinema mundial.Editora Papirus, Campinas-SP. 2006. Cap 15, Cinema e gênero (p. 379-395)

GUBERNIKOFF, Giselle. A imagem: representação da mulher no cinema. Conexão – Comunicação e Cultura,
UCS, Caxias do Sul, v. 8, n. 15, jan./jun. 2009.

Palestra ministrada pela cineasta Laís Bodanzki e por Ricardo Calil na casa TPM de agosto de 2013. 


[Plano de Trabalho] A arte de Shadi Ghadirian e as possibilidades de um feminismo plural

Contextualização: A Revolução Iraniana

Em 1979 estourava no Irã uma revolução que transformaria o país - até então comandado pelo Xá Mohammad Reza Pahlevi - de uma monarquia autocrática pró-Ocidente, em uma república islâmica sob o comando do aiatolá Ruhollah Khomeini. O xá despertara a ira das mais diversas camadas da população, por motivos diversos. As camadas religiosas eram contrárias ao governo do xá por sua postura ocidentalizante e secular, fruto da influência dos parceiros Estados Unidos e Reino Unido. A proximidade com as grandes potências mundiais, a política econômica dispendiosa, a alta desigualdade social, o governo altamente militarizado e armado, a censura e repressão extrema desagradavam os esquerdistas. O governo do xá reprimia violentamente todos os opositores, tendo levado à morte milhares deles.

Para efeito de análise histórica, a Revolução Iraniana é dividida em duas fases: a primeira marcada por uma aliança entre grupos liberais, esquerdistas e religiosos; e a segunda, frequentemente chamada Revolução Islâmica, em que viu-se a chegada dos aiatolás ao poder. Nessa segunda fase, muitos dos costumes ocidentais (vestuário e música ocidental, uso de maquiagem, jogos, cinema etc.) foram proibidos pelo novo regime, que considerava que tais elementos corrompiam a juventude iraniana. Foram reintroduzidos os castigos corporais para quem violasse os preceitos da Sharia, a Lei Islâmica, e a pena de morte foi aplicada não só aos defensores do xá (sobretudo ministros e militares do anterior regime), como também em prostitutas, homossexuais, marxistas e membros de outras igrejas.

A Revolução Iraniana é explicada de maneira lúdica e (relativamente) simples (devido à complexidade da história) na animação Persépolis, de 2007, inspirada no romance gráfico autobiográfico homônimo de Marjane Satrapi. Sua trama começa pouco antes da Revolução Iraniana, quando Marjane, aos 10 anos, se vê obrigada a usar o véu islâmico numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa.


Ilustração de Marjane Sartrapi no livro Persépolis

Shadi Ghadirian


The Hidden World of Shadi Ghadirian from The Kitchen Sisters on Vimeo.

Conterrânea de Marjane Sartrapi, Shadi Ghadirian, a fotógrafa cuja obra será objeto de estudo desse Projetos BII, nasceu em 1974 na cidade de Teerã. Tinha cinco anos quando a revolução eclodiu. Em sua cidade natal cursou fotografia na Universidade Azad.

Depois de formada, Shadi iniciou carreira como fotógrafa profissional, e atualmente segue trabalhando no Museu de Fotografia de Teerã. Segundo a fotógrafa, 'meio que por acidente', o tema de suas primeiras séries foram as 'mulheres'. A inspiração para o trabalho de Ghadirian veio da dualidade e contradições que a fotógrafa via na vida cotidiana. Ghadirian brinca com as justaposições e contrastes entre a tradição e as modernidade trazidas pela globalização, em meio à uma cultura em que a tradição é extremamente valorizada. Seu trabalho está intimamente ligado com sua identidade como uma mulher muçulmana vivendo no Irã moderno. Sua arte, entretanto, ultrapassa o regionalismo e lida com problemas relevantes para mulheres de outras culturas.

Ghadirian tem seu trabalho exposto em várias coleções como no British Museum, Mumok, Centre Georges Pompidou, Los Angeles County Museum of Art, Smithsonian institution, Victoria e Albert Museum. Em seu site, www.shadighadirian.com, nove séries fotográficas podem ser conferidas.

Plano de Trabalho

Em cada post, pretendemos tratar de três séries que nos parecem afins nos temas ou em suas características formais. Faremos pequenos textos descritivos com comentários e análises acerca de cada série.

No 1° post, agruparemos as séries que retratam a guerra sob o olhar subjetivo e feminino da fotógrafa. Neste post, à exemplo desse plano de trabalho, faremos uma pequena contextualização sobre a situação política no Irã e a situação da mulher no Islã.

/Séries a serem tratadas no 1° post: White Squar; Nil,Nil e My Press Photo.


Foto da série 'Nil,Nil'

No 2° post, abordaremos as séries da fotógrafa que trabalham a experiência e a vivência íntima da mulher no mundo arábe, mostrando como o trabalho de Ghadirian é crítico e ao mesmo tempo sensível, falando de uma particularidade cultural de dentro. Nesse post pretendemos fazer uma breve contextualização sobre o etnocentrismo no feminismo (por exemplo os casos islamofóbicos por parte do Femen) e sobre o feminismo árabe.

/Séries a serem tratadas no 2° post: Like EveryDay, Unfocused e Be Colorful.


Foto da série 'Like EveryDay'

No 3° post, serão analisadas as séries que fazem referência às dualidades entre a tradição e modernidade, o ocidente e o oriente e como a mulher arábe se insere na sociedade em tempos de globalização. Concluindo o trabalho, pretendemos construir um texto a respeito dos desafios do reconhecimento do outro e da construção da pluralidade no movimento feminista, que atualmente recebe críticas até mesmo das feministas negras dentro da sociedade ocidental por só refletirem os desígnios da mulher branca.

/Séries a serem tratadas no 3° post: West by East, Crtl+Alt+Del e Qajar.


Foto da série 'Crtl+Alt+Del'

"Quem morre não fala mais nada" [Proposta]


A ética nos três primeiros dias de apuração do caso Pesseghini,
pela Folha Online e Estadão
por Leonardo Ribeiro e Lucas Afonso Sepulveda

"Quem morre não fala mais nada." Essa é parte da declaração do tio avó de Marcelo Pesseghini sobre a exaustiva busca da imprensa por desdobramentos na investigação do assassinato da família de Vila Brasilândia, em São Paulo. Também é com esse depoimento que a ombudsman da Folha Suzana Singer encerrou sua coluna do último domingo, 25 de Agosto, intitulado de "Respeito aos mortos".

Em seu texto, Suzana aponta para três falhas éticas na apuração jornalística de casos de violência. A primeira seria a mais comum nas reportagens diárias: a reprodução sem averiguação de informações cedidas pelos órgãos da polícia. Para a jornalista, o ato sequer pode ser considerado como uma verdadeira apuração.

A segunda, que também é recorrente, ainda mais no jornalismo online, é quando o veículo decide sustentar uma informação falsa, ou averiguada "pela metade", em uma notícia; informação essa que pode facilmente ser controversa e tomada como verdade por parte dos leitores e do público.

Exemplificando o caso de Marcelo, Suzana não necessariamente condena a imprensa por reportar a suspeita do garoto filho de Policiais Militares ter sido o autor dos assassinatos e ter, por fim, cometido suicídio. O que a colunista acusa, no entanto, como o terceiro problema, evidente no caso Pesseghini, é "a busca desenfreada por detalhes da vida familiar, na tentativa de explicar o que poderia ter levado um garoto aparentemente tranquilo a praticar tamanha violência."

Foi a discussão ética sobre a cobertura da mídia acima de casos de violência que nos motivou a propor, como tema de Projetos B2, o tratamento e apuração de dois grandes veículos online dos desdobramentos da chacina da família Pesseghini.

Proposta de trabalho

Nossa primeira escolha de recorte é selecionar para análise apenas o conteúdo produzido pelos portais virtuais da Folha de S.Paulo e d'O Estado de S.Paulo. São duas publicações tradicionais de grande representatividade na população brasileira e, por serem online, rendem mais notícias com maior imediaticidade que suas versões impressas.

Compreender apenas a cobertura dos três primeiros dias de investigação (05/08, 06/08 e 07/08) do caso Pesseghini é nosso segundo recorte. Nessa faixa de tempo, temos acontecimentos e desdobramentos que já nos parecem ser o bastante para a reflexão acerca da ética jornalística trabalhada pelos dois veículos online.

Através dessas seleções, acreditamos ser possível uma análise crítica aberta e inclusive, uma comparação editorial entre os dois portais. Com essa análise, queremos incitar entre nossos colegas uma discussão sobre qual seria o modo mais ético possível para apurar e tratar determinadas informações em uma cobertura de vítimas de violência.

Metodologia

Usaremos o conteúdo publicados, sobre a chacina, nos portais da Folha Online e Estadão entre os dias 5 à 7 de Agosto deste ano. Cada relatório será referente ao conteúdo selecionado de um dos três primeiros dias de investigação e apuração. No final de cada postagem, todas os links de notícias estarão disponíveis em ordem cronológica, organizadas através da ferramenta Storify

Pretendemos abrir a discussão ética para os professores do departamento de Comunicação Social da UFMG e convidaremos alguns deles para contribuir opinativamente neste projeto.

Cronograma

Optamos por narrar a análise através de uma ordem cronológica dos acontecimentos do caso Pesseghini. Sendo assim, a primeira postagem é referente à apresentação do caso e seu tratamento nas primeiras notícias que saíram na noite do dia 5 de Agosto. Seguindo essa lógica, a segunda postagem, portanto, é referente ao segundo dia, e a última postagem é uma conclusão do terceiro dia e da nossa análise.

Representação das travestis no Jornal Super Notícia

Plano de Trabalho - Projetos B2


Eduarda Rodrigues, José Henrique Pires, Isabela Meireles, Natália Alves e Thaiane Bueno


1)  O que será feito?

A proposta do projeto é analisar a representação de travestis no Jornal Super Notícia.


2)  Por que será feito?


Partindo-se do texto jornalístico, como produto constituído a partir de múltiplas vozes e mediações culturais, o objetivo da análise que será desenvolvida ao longo da diciplina de Projetos BII, é atentar para as representações de travestis nas notícias do  Super. Desta forma, a pertinência desse estudo, se relaciona com as questões atuais da sociedade que vive em um padrão heteronormativo em que a violência e preconceito com a população LGBT, e especificamente com os travestis, é frequente. O grupo propõe-se então a observar se essas normas e discursos da sociedade se reproduzem ou não nos textos jornalísticos.
Os membros do grupo, justificam a escolha do tema também como um interesse pessoal em relação as questões de homofobia. Este interesse se uniu a vontade dos integrantes em analisar o conteúdo e discursos presentes nos textos jornalísticos, principalmente no jornalismo popular.



3)  Como será feito?
O grupo pretende analisar notícias do acervo digital do jornal Super Notícia, que fazem referência a travestis. Durante essa análise pretende-se identificar a recorrência de representações positivas ou negativas sobre as travestis, assim como as palavras utilizadas para se referir a elas. Também está entre os objetivos observar em quais “categorias” as travestis são enquadradas. Geralmente, nas notícias elas são vítimas, ladras, drag queens, protitutas? Além disso, o grupo vai identificar em quais editorias dos jornais as notícias sobre travestis costumam aparecer.



4)  Cronograma


27/08 - Postagem do Plano de Trabalho


30/08 - Encontro presencial


01/09 a 15/09 - Coleta de dados: selecionar quais serão as edições analisadas. Recolher e separar todas as informações que dizem respeito às travestis encontradas nas edições escolhidas.  Leitura de bibliografia referente ao assunto.


17/09 - Postagem do 1º relatório: Apresentar uma breve análise das informações coletadas, citando quantidade, frequência, em que parte do jornal elas se encontram e um breve comentário sobre o que esperamos a partir desse momento


18/09 a 18/10 - Análise mais profunda dos dados


20/09 - Encontro presencial


22/10 - Postagem do 2º relatório


23/10 a 18/11 - Finalização do projeto, comparação entre as notícias e a bibliografia estudada.


25/10 - Encontro presencial


19/11 - Postagem do último relatório



Referências bibliográficas para consulta:


Dissertações:


  1. DARDE, Vicente William da Silva. As representações sobre cidadania de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais no discurso jornalístico da Folha e do Estadão. 2012
Sites:


  1. Disponível em: <>http://www.otempo.com.br/super-noticia/> Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Acessado em: 26 de agosto.














Plano de Trabalho - APH, Mídia Ninja, BH nas Ruas

Universidade Federal de Minas Gerais 
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas 
Comunicação Social - Projetos B1 
Alunos: Izabella Lourença e Pedro Lucchesi


Plano de Trabalho

1) Objetivo:

Relatar os mecanismos utilizados pela Assembleia Popular Horizontal de Belo Horizonte – APH -* para ampliar o diálogo com a população belorizontina e destacar o papel de dois importantes personagens nesse cenário, que embora não tenham uma ligação direta com a assembleia, contribuíram para sua visibilidade. A Mídia Ninja e o BH nas Ruas.

A APH criou logo em suas primeiras assembleias uma comissão de comunicação, para atender a imprensa e buscar manter a população informada. Além disso, utilizou-se muito da Mídia Ninja, que cumpriu um papel importante na transmissão em tempo real dos espaços de discussões e das ações diretas deliberadas nas assembleias. Por sua vez, o BH nas Ruas também sempre marcava presença nas reuniões, postando na sua página do facebook as decisões e iniciativas da APH.

A proposta então é relatar a formação desses espaços, as dificuldades enfrentadas pelos responsáveis por estabelecer esse tipo de comunicação e a importância desse novo espaço de diálogo e organização popular.

*Fórum criado em junho de 2013 para organizar as manifestações em BH.

2) Justificativa:

Surgida das recentes mobilizações que tomaram o Brasil, em Belo Horizonte a Assembleia Popular Horizontal se configurou em uma referência para aqueles que queriam se posicionar e movimentar. Era por meio da APH e, paralelamente, da Mídia Ninja e do BH nas Ruas que muitos veículos de comunicação procuravam informações. E onde indivíduos exauridos dos modelos tradicionais de comunicação conseguiam acompanhar as manifestações e discussões de sua própria casa. Qual a importância da comunicação estabelecida nesses meios para manter a cidade em movimento? Essa pergunta talvez não seja respondida agora, mas é um primeiro exemplo de como a população organizada pode se manter em constante diálogo.

3) Metodologia:

Uma das melhores maneiras de entender os desafios e gratificações advindos das tarefas comunicacionais desses novos espaços, é entrevistar os envolvidos no processo desde o começo. Por isso, a proposta é entrevistar uma pessoa que acompanha a comissão de comunicação da APH desde o início para a primeira postagem; entrevistar uma pessoa que compõe o BH nas Ruas para a segunda postagem e entrevistar uma pessoa que integra a mídia ninja para a terceira postagem. Assim poderemos tentar identificar a evolução e o papel desses canais através da ótica de quem produz ou está contido no desenvolvimento do processo.

4) Cronograma:

1° Relatório Parcial

Uma organização necessária: Assembleia Popular Horizontal de Belo Horizonte

Serão tratados:
Como e por que surgiu a APH?
Como se desenvolveu (desde o começo teve modificação na estrutura das assembleias, por exemplo)?
Qual o papel da APH?
É uma referência hoje na cidade? Pra quem?
Qual foi sua importância nas manifestações de Junho, nas ocupações da câmara de vereadores e nas paralisações ocorridas no dia 11/07 e 30/08?
Qual a sua importância hoje para a cidade? É possível pensar em uma organização permanente?
Qual o papel da comissão de comunicação da APH? Como a comissão de comunicação encarou o diálogo entre imprensa e movimento?
E o diálogo entre a população “em casa” e organizada na APH?
Quais ferramentas a comissão utilizou para mobilizar a população?
Através das redes sociais ou outros meios, cidadãos comuns procuravam a APH? Por quais
motivos?
Quais os maiores desafios?
Entendendo a importância desse mecanismo, é um trabalho gratificante?

2° Relatório Parcial

Uma iniciativa de grande sucesso: BH nas Ruas

Serão tratados:
Como e por que surgiu o BH nas Ruas? Por que virou um fenômeno em BH?
Qual a importância do BH nas Ruas no cenário atual?
São feitas discussões políticas pelo grupo?
Como o grupo se organiza? Quais são as perspectivas para o futuro?
Quais as dificuldades enfrentadas?
Entendendo a importância desse mecanismo, é um trabalho gratificante?

3° Relatório Parcial 

Ao vivo e a cores

Serão tratados:
Como e por que surgiu a mídia ninja? Por que virou um fenômeno nacional?
Qual a importância da mídia ninja no cenário atual?
São feitas discussões políticas pelo grupo?
Como o grupo se organiza? Como ingressar?
Quais as dificuldades são enfrentadas?
Entendendo a importância desse mecanismo, é um trabalho gratificante?

5) Relatório e apresentação Final

Após as entrevistas será apresentado um relatório sobre as conclusões a respeito da comunicação produzida por essas iniciativas. Essa apresentação deve conter também as dificuldades da dupla no decorrer do trabalho (Exemplo: possível dificuldade em contatar alguém para entrevista, dificuldade em resumir as entrevistas ou mesma entendê-las etc).