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No
encontro presencial que tivemos após a primeira postagem do nosso trabalho,
recebemos algumas críticas com relação à amplitude e diversidade daquilo que
pretendíamos acompanhar durante o semestre. Assembléia Popular Horizontal,
Mídia Ninja e BH nas Ruas são assuntos que renderiam muitas discussões e por
possuírem tantas diferenças entre si, não poderiam ser contemplados de maneira
minimamente satisfatória em virtude do tempo e espaço reduzidos que teríamos.
O
intuito era o de apresentar três iniciativas que surgiram ou, no caso do Mídia
Ninja, ganharam grande visibilidade durante as manifestações de junho.
Entretanto, reconhecendo que fomos demasiadamente pretensiosos, reformulamos o
escopo do nosso trabalho.
Nova
proposta
Como
o tema da primeira postagem foi a Assembleia Popular Horizontal e a sua Comissão
de Comunicação, decidimos que a melhor maneira de contornar a mudança de última
hora em nosso cronograma, seria dedicar todo o semestre da disciplina de
Projetos B2 em abordar as maneiras com as quais a APH se comunica com seus
públicos e como ela tem se mantido ativa.
Nessa
postagem analisaremos o facebook e o wiki da APH e na terceira postagem o
assunto abordado será a APH e seus Grupos Temáticos. Nessa última, daremos
maior atenção ao GT de mobilidade urbano, o qual tem maior visibilidade e que,
aparentemente, é o mais ativo.
APH
na internet
Facebook
O
facebook da APH é um dos meios como os quais são divulgados eventos, debates,
encontros, palestras e assembleias que em sua maioria envolvem a própria APH ou
seus GTs. Em menor frequência o espaço é utilizado para relatar algum caso de
desrespeito ou violência sofridos por pessoas que estão reivindicando alguma
melhoria social ou que fazem parte de minorias. Quando ocupações, a exemplo da
William Rosa, estão sob ameaça de serem retiradas a força por algum tipo de
pedido de reintegração de posse, geralmente a APH denuncia a possibilidade com
uma postagem.
Em
geral não há muitos comentários das postagens feitas no facebook da APH e o
número de curtidas varia muito. Algumas recebem centenas, outras não chegam nem
a casa das dezenas. Com relação as curtidas, há uma curiosidade, peguemos uma
postagem do dia 16 de outubro como exemplo:
Nesse
dia, foi divulgado no facebook da APH o evento relativo a 19ª sessão da
assembleia. O curioso nesse caso é que embora 29 pessoas tenham curtido, 178
confirmaram presença nele. Isso talvez indique que as pessoas acesso a esse
tipo de informação por outros lugares e que muitos não tem o hábito de curtir
postagens na rede social, mesmo que sejam de seu interesse. Ainda nesse caso,
destaca-se que no texto que convidava as pessoas a comparecerem na sessão, não
fizessem comentários abaixo da postagem, mas no evento criado.
Wiki

Além
do facebook, outra maneira encontrada pela APH para se comunicar com a
sociedade foi por meio da criação de uma página wiki.
Antes
de falar como que é a estrutura dela e o que é possível encontrar sobre a
assembleia nesse espaço, lembremos que wikis são mídias hipertextuais, com uma
estrutura de navegação não-linear. Além disso, esse tipo de plataforma permite
que o seu conteúdo seja editado e modificado por seus usuários. Características
que vão de encontro com as propostas de horizontalidade e construção coletiva
da APH.
No
wiki da assembleia é possível ler um pouco sobre o que é a APH e sua origem, os
princípios que regem a APH, uma agenda com eventos da assembleia e de seus
grupos de trabalho, sobre os próprios grupos de trabalho (quantos são, quais
são suas temáticas), as atas das reuniões, um espaço nomeado “imprensa”, entre
outros.
Destacamos
que a proposta do wiki é muito atraente e coerente com o que a assembleia se
propõe a ser. Viemos acompanhando a página desde antes da nossa primeira
postagem, afinal é através dela que quem tem alguma pergunta relativa a APH
deveria ser respondido, pois a assembleia não possui representantes, e durante
esse tempo de observação notamos que ela tem sido atualizada e ganhado
conteúdo. Porém nos deparamos com um problema:
Há
uma aba chamada sala de imprensa, na qual ficam as perguntas relativas à APH
que as pessoas e a imprensa poderiam fazer. O que consideramos falho é que como
existe esse espaço e como um dos princípios da assembleia é a transparência e
como uma de suas bandeira é a do direito ao acesso a informação , pensamos que
as perguntas ali depositadas deveriam ser respondidas, o que não acontece.
Nosso grupo mesmo, no dia nove de setembro depositou cinco perguntas no local,
as quais até hoje não foram respondidas.
Gostei da observação que vocês fizeram sobre o wiki da APBH. Na teoria realmente condiz com a postura da assembleia, mas na prática vejo como pouco funcional. A assembleia se diz popular, mas os problemas de comunicação deles com a população e com a imprensa ainda são muitos. Certa vez eu precisava entrar em contato com um representante do GT de Educação, tentei contato através da forma indicada no wiki, mas não obtive nenhum sucesso. Vocês também apresentaram dificuldade no contato com eles. Logo, creio que essa seja um acontecimento usual.
ResponderExcluirGente, curti muito o post de vocês e o mais legal é que agora vocês poderão falar mais dele no próximo post. Mas sobre a questão das redes sociais, eles só dialogam com pelo facebook e Wiki? Não existem outros meios como o twitter? Na minha opinião seria legal que eles pudessem explorar outros meios, o que vocês acham?
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