Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Comunicação Social - Projetos B1
Alunos: Izabella Lourença e Pedro Lucchesi
Plano de Trabalho
Relatar os mecanismos utilizados pela Assembleia Popular Horizontal de Belo Horizonte – APH -* para ampliar o diálogo com a população belorizontina e destacar o papel de dois importantes personagens nesse cenário, que embora não tenham uma ligação direta com a assembleia, contribuíram para sua visibilidade. A Mídia Ninja e o BH nas Ruas.
A APH criou logo em suas primeiras assembleias uma comissão de comunicação, para atender a imprensa e buscar manter a população informada. Além disso, utilizou-se muito da Mídia Ninja, que cumpriu um papel importante na transmissão em tempo real dos espaços de discussões e das ações diretas deliberadas nas assembleias. Por sua vez, o BH nas Ruas também sempre marcava presença nas reuniões, postando na sua página do facebook as decisões e iniciativas da APH.
A proposta então é relatar a formação desses espaços, as dificuldades enfrentadas pelos responsáveis por estabelecer esse tipo de comunicação e a importância desse novo espaço de diálogo e organização popular.
*Fórum criado em junho de 2013 para organizar as manifestações em BH.
2) Justificativa:
Surgida das recentes mobilizações que tomaram o Brasil, em Belo Horizonte a Assembleia Popular Horizontal se configurou em uma referência para aqueles que queriam se posicionar e movimentar. Era por meio da APH e, paralelamente, da Mídia Ninja e do BH nas Ruas que muitos veículos de comunicação procuravam informações. E onde indivíduos exauridos dos modelos tradicionais de comunicação conseguiam acompanhar as manifestações e discussões de sua própria casa. Qual a importância da comunicação estabelecida nesses meios para manter a cidade em movimento? Essa pergunta talvez não seja respondida agora, mas é um primeiro exemplo de como a população organizada pode se manter em constante diálogo.
3) Metodologia:
Uma das melhores maneiras de entender os desafios e gratificações advindos das tarefas comunicacionais desses novos espaços, é entrevistar os envolvidos no processo desde o começo. Por isso, a proposta é entrevistar uma pessoa que acompanha a comissão de comunicação da APH desde o início para a primeira postagem; entrevistar uma pessoa que compõe o BH nas Ruas para a segunda postagem e entrevistar uma pessoa que integra a mídia ninja para a terceira postagem. Assim poderemos tentar identificar a evolução e o papel desses canais através da ótica de quem produz ou está contido no desenvolvimento do processo.
4) Cronograma:
1° Relatório Parcial
Serão tratados:
Como e por que surgiu a APH?
Como se desenvolveu (desde o começo teve modificação na estrutura das assembleias, por exemplo)?
Qual o papel da APH?
É uma referência hoje na cidade? Pra quem?
Qual foi sua importância nas manifestações de Junho, nas ocupações da câmara de vereadores e nas paralisações ocorridas no dia 11/07 e 30/08?
Qual a sua importância hoje para a cidade? É possível pensar em uma organização permanente?
Qual o papel da comissão de comunicação da APH? Como a comissão de comunicação encarou o diálogo entre imprensa e movimento?
E o diálogo entre a população “em casa” e organizada na APH?
Quais ferramentas a comissão utilizou para mobilizar a população?
Através das redes sociais ou outros meios, cidadãos comuns procuravam a APH? Por quais
motivos?
Quais os maiores desafios?
Entendendo a importância desse mecanismo, é um trabalho gratificante?
2° Relatório Parcial
Uma iniciativa de grande sucesso: BH nas Ruas
Serão tratados:
Como e por que surgiu o BH nas Ruas? Por que virou um fenômeno em BH?Qual a importância do BH nas Ruas no cenário atual?
São feitas discussões políticas pelo grupo?
Como o grupo se organiza? Quais são as perspectivas para o futuro?
Quais as dificuldades enfrentadas?
Entendendo a importância desse mecanismo, é um trabalho gratificante?
3° Relatório Parcial
Ao vivo e a cores
Serão tratados:
Como e por que surgiu a mídia ninja? Por que virou um fenômeno nacional?
Qual a importância da mídia ninja no cenário atual?
São feitas discussões políticas pelo grupo?
Como o grupo se organiza? Como ingressar?
Quais as dificuldades são enfrentadas?
Entendendo a importância desse mecanismo, é um trabalho gratificante?
5) Relatório e apresentação Final
Após as entrevistas será apresentado um relatório sobre as conclusões a respeito da comunicação produzida por essas iniciativas. Essa apresentação deve conter também as dificuldades da dupla no decorrer do trabalho (Exemplo: possível dificuldade em contatar alguém para entrevista, dificuldade em resumir as entrevistas ou mesma entendê-las etc).
Achei muito interessante a proposta e bem pertinente ao momento em que vivemos. Parabéns
ResponderExcluirPessoal, gostei muito da proposta e acho que um tanto quanto arriscado procurar entender fenômenos que são tão recentes e que ainda deixam todos ainda meio sem entender nada. Mesmo assim, acho que vocês vão conseguir perceber aspectos bem interessantes do BH na ruas, a mídia ninja e a APH. Boa sorte gente !
ResponderExcluirPessoal, gostei muito da proposta e acho que um tanto quanto arriscado procurar entender fenômenos que são tão recentes e que ainda deixam todos ainda meio sem entender nada. Mesmo assim, acho que vocês vão conseguir perceber aspectos bem interessantes do BH na ruas, a mídia ninja e a APH. Boa sorte gente !
ResponderExcluirGostei muito do tema. As manifestações de junho foram realmente um desafio para a mídia tradicional e fizeram que novas maneiras de comunicar ganhassem destaque. Talvez seja um pouco arriscado englobar APH, Mídia Ninja e BH nas Ruas num projeto só. Por mais que os três tratassem dos mesmos assuntos, eram maneiras de trabalhar e comunicar bem diferentes. Penso que focar em um dos três poderia render uma análise mais completa.
ResponderExcluirTambém concordo com a Thaiane, acho que análise das três mídias pode ser complexa, mas não impossível de ser executada. As manifestações e essas iniciativas são muito recentes, por isso acredito que o trabalho será bastante enriquecedor para entender como a dinâmica e os desafios de cobertura nesse caso acontecem e podem ajudar no entendimento de um jornalismo diferente do já realizado pela mídias tradicionais.
ResponderExcluirPedro e Izabela,
ResponderExcluirconcordo com as meninas no que diz respeito a quantidade de conteúdo que vocês pretendem englobar, mas é muito importante entendermos a dinâmica dessas mídias que estão mudando o rumo do jornalismo tradicional. Seria muito interessante observar tanto a Mídia Ninja quanto a APH e o BH nas Ruas, mas talvez a princípio, seja melhor focar em apenas uma das mídias, como Thaiane apontou. Abraços!